Saúde e segurança do trabalho são dois conceitos que andam juntos. Em muitas empresas, cada área pode até atuar de forma independente em relação à outra, mas há uma dinâmica entre elas que mantém as iniciativas interligadas.

Afinal, as duas compartilham o mesmo objetivo: promover a qualidade de vida do trabalhador e a preservação do seu bem-estar. Com isso, o empregador também ganha, pois há um aumento na produtividade, uma redução no custo com pagamento de multas e indenizações etc.

Por isso, leia este texto e tire suas dúvidas sobre como saúde e segurança se relacionam!

O que é segurança e saúde do trabalho?

Como você sabe, a segurança do trabalho envolve uma série de ações de natureza preventiva. Os engenheiros e técnicos dessa área devem se preocupar com a gestão de riscos nas instalações, a elaboração de treinamentos sobre práticas seguras, a orientação de procedimentos de segurança etc.

Também é a equipe de segurança do trabalho que deve recomendar e implementar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), assim como de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).

A saúde do trabalho, por sua vez, também tem caráter preventivo, mas se volta para o controle de doenças ocupacionais. Ainda, é essa área da empresa que fica responsável por averiguar a capacidade laborativa dos trabalhadores — física, mental e social.

Portanto, uma das atribuições mais importantes da equipe de saúde é realizar os exames ocupacionais admissionais, periódicos, demissionais e de retorno à função, após afastamentos.

Como esses dois conceitos se relacionam?

As atribuições das equipes de saúde e segurança do trabalho se complementam. Pense bem: um colaborador que apresenta labirintite não está apto a exercer trabalho em altura, pois essa doença desencadeia determinados sintomas, como tonturas e perda de equilíbrio.

Portanto, um exame ocupacional que identifica essa condição é tão decisivo na prevenção de acidentes quanto o uso de EPIs para trabalho em altura, como o cinturão e o trava-quedas.

No mesmo sentido, as iniciativas da equipe de segurança contribuem diretamente para a preservação da saúde do trabalhador. Por exemplo, a identificação de insalubridade em certo local de trabalho determinará o limite de exposição do profissional aos agentes em questão.

Isso é algo que está fora da alçada da equipe de médicos ocupacionais, mas que é responsável pela preservação da saúde do trabalhador. Esses foram apenas alguns exemplos — as duas áreas estão, a todo momento, agindo juntas para que a redução de riscos na empresa seja satisfatória.

Como promover segurança e saúde do trabalho?

As duas áreas atuam sob as recomendações previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). São as conhecidas Normas Regulamentadoras (NRs) que estabelecem as atribuições das equipes de saúde e segurança do trabalho e, por isso, representam o caminho fundamental para estabelecer um ambiente de trabalho seguro.

Atualmente, existem 36 NRs, sendo algumas das mais relevantes no dia a dia dos técnicos, dos engenheiros e dos médicos:

• a NR 5, que estabelece as recomendações para a formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
• a NR 6, que determina a obrigatoriedade da disponibilização e dos treinamentos para o uso de EPIs;
• a NR 7, que traz a regulamentação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e obriga a capacitação em primeiros socorros;
• a NR 9, que traz a regulamentação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), entre outras.

Ao seguir as Normas Regulamentadoras e promover a dinâmica entre saúde e segurança do trabalho, a empresa não apenas garante um ambiente com mais qualidade de vida para seus colaboradores, mas também se mantém dentro de suas obrigações legais.

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