Veja os principais tipos de luvas de proteção utilizadas na indústria!

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Na indústria, as luvas de segurança precisam garantir não somente o controle de riscos, como também o conforto e o ajuste correto às mãos do colaborador. Escolher o item inadequado pode levar o trabalhador a perder a sensibilidade dos movimentos ideal para sua atividade profissional.

Além disso, quando o EPI é desconfortável, o colaborador sente a necessidade de retirá-lo mais vezes durante a jornada de trabalho. Entenda por que essas questões são importantes e como escolher a luva adequada, de acordo com as informações de Wellington Garcia Naves, coordenador de produtos do grupo Delta Plus Brasil!

Qual é a importância de escolher luvas adequadas?

Segundo Wellington Naves, todas as luvas podem ser aplicadas na indústria. No entanto, a escolha correta depende de muitos fatores, como:

  • a aplicação — que varia de acordo com a função desempenhada pelo colaborador;
  • os riscos ambientais identificados;
  • o conforto do trabalhador.

As luvas de segurança precisam, é claro, garantir a proteção das mãos, já que essa é a área do corpo mais propensa aos riscos. No entanto, esse não deve ser o único critério na escolha dos EPIs. Se o item não for adequado, por exemplo, às condições ambientais, as mãos do colaborador irão transpirar excessivamente.

Desse modo, além de causar desconforto, há a possibilidade de que o trabalhador retire o item muitas vezes durante o dia para higienizar as mãos. Isso acarreta a perda de produtividade e de qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Outro desafio é conciliar a segurança do colaborador com a sensibilidade dos movimentos. Em algumas profissões da indústria, a destreza do trabalhador é absolutamente necessário para o correto exercício profissional.

Por todos esses motivos, a escolha das luvas de segurança adequadas precisa ser feita caso a caso. Sobre isso, Wellington Naves diz que:

Tem casos em que as luvas usadas pelo trabalhador podem ser mais baratas, desde que atinjam o objetivo de protegê-lo. Para manusear caixas de papelão para serem colocadas em pallets, por exemplo, pode ser usada uma luva mais confortável, não sendo obrigatório luvas com alto níveis de proteção.

Quais são os 3 principais tipos de luvas de proteção?

De acordo com Wellington Naves, as luvas de proteção para uso na indústria podem ser divididas basicamente em três grupos de risco: mecânico (físicos), químicos e térmicos. Na hora de comprar estes EPIs, o coordenador de produtos orienta:

As luvas possuem pictogramas impressos no próprio equipamento que indicam os riscos para os quais oferecem proteção bem como o que está devidamente expresso no certificado de aprovação (CA).

Entenda um pouco mais sobre cada um desses riscos e, em seguida, confira como cada tipo de EPI se encaixa nos 3 principais grupos de luvas de proteção para a indústria:

  1. Para riscos mecânicos

Os riscos mecânicos são representados pelo pictograma de um martelo sobre uma barra horizontal. Referem-se a agentes ambientais físicos, normalmente relacionados a equipamentos, maquinários, entre outros. Os principais são:

  • abrasão: indica se o item é resistente a materiais abrasivos e ásperos, de modo que a pele não sofra esfoliação;
  • corte: indica se o material fornece proteção ao corte com lâminas, serras etc.;
  • perfuro: indica se a luva bloqueia, ao menos temporariamente, a ação de um objeto perfurante — mesmo que o material seja perfurado, ele precisa proporcionar a perda de velocidade e/ou pressão, de modo que as mãos não sejam afetadas.
  • corte TDM: atualmente é o nível de corte que deve ser considerado como referência para proteção contra cortes, não existindo correlação com o item 2 acima mencionado, por se tratar de um teste mais técnico e que melhor define os reais níveis de corte como proteção.
  • impacto: luvas que possuem proteção para impacto no dorso das mãos.

Entre os principais produtos para esse fim, estão as luvas de proteção em raspa, fibras de alta tecnologia tais quais: HPPE, paraaramida, especialmente em relação à abrasão, escoriação e corte. As luvas de poliéster e poliamida, também são bastante resistentes aos riscos mecânicos, além de proporcionarem mais conforto e sensibilidade.

  1. Para riscos químicos

Os riscos químicos, por sua vez, referem-se à exposição das mãos a produtos químicos sejam estes sólidos, líquidos ou gasoso que podem ocasionar envenenamento ou contaminação por meio de absorção através da pele. São representados pelos seguintes pictogramas do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação (GHS):

 

Alguns dos agentes químicos potencialmente perigosos para o trabalhador são:

  • vapores orgânicos – Tolueno, benzeno, acetona;
  • gases – Sulfeto de hidrogênio, monóxido de carbono, amônia;
  • fumos – solda, injeção de plásticos.

Normalmente, as luvas de neoprene e borracha nitrílica são eficientes contra riscos químicos, já que impedem a penetração de substâncias sendo indicadas para atividades na indústria conforme a proteção oferecida e comprovada em seus CA’s.

As luvas para riscos químicos são marcadas com um dos seguintes pictogramas da norma ISO374-1 conforme o seu TIPO de proteção (A, B ou C) e para os produtos químicos da tabela abaixo:

Para luvas de proteção para riscos químicos dos tipos A e B, a inscrição “X” será substituída pela letra respectiva da tabela acima, conforme aprovação para o produto químico para o qual esta oferece proteção.

  1. Para riscos térmicos

Por último, existem luvas de proteção que protegem contra riscos térmicos, que são aqueles relacionados à temperatura do ambiente/atividade. Os EPIs desse tipo impedem que o trabalhador sofra queimaduras na pele, de calor ou de frio.

As luvas para riscos térmicos (calor) são marcadas com o pictograma da norma EN407 conforme abaixo:

Normalmente as luvas que oferecem melhor proteção para os riscos térmicos (calor) são luvas de pele natural (raspa, vaqueta), fibras inerentes como a paraarmida/metaaramida.

As luvas para riscos térmicos (frio) são marcadas com o pictograma da norma EN511 conforme abaixo:

Normalmente as luvas que oferecem melhor proteção para os riscos térmicos (frio) são confeccionadas em fibras sintéticas, revestidas com material polimérico e revestimento interno com baixa absorção de água.

Seja para proteção contra riscos térmicos, calor ou frio, a transpiração da mão do usuário diminui drasticamente o tempo de passagem da temperatura pelo material da luva, impactando relativamente no tempo de exposição; é valido ressaltar que quanto maior a proteção para temperatura que a luva oferece, haverá diminuição significativa da destreza do usuário.

Como escolher a luva de proteção ideal?

Agora, tendo em vista esses três grupos de luvas de proteção, como escolher o item ideal? Como dissemos, a segurança é um critério essencial, mas não é o único. As normas regulamentadoras precisam ser observadas, mas a aplicação prática no dia a dia deve ser decisiva. Wellington Naves diz que:

Não é apenas cumprir o que rege as normatização, é saber se aquele equipamento vai se adequar corretamente as atividades, levando em consideração o conforto durante o uso. O equipamento não pode se tornar um empecilho para o usuário.

Algumas luvas são indicadas para mais de um tipo de risco, ou seja, riscos mecânicos e químicos, riscos mecânicos e térmicos (calor e/ou frio), mas é preciso se ter em mente que quanto maior e mais diversificado for a proteção que a luva oferece, diferentes camadas, revestimentos, espessura esse EPI terá, assim sendo o nível de destreza e tato será abruptamente reduzido, impedindo o desempenho de certas atividades como por exemplo a manipulação de pequenos parafusos. Exatamente por isso, uma luva pode ser recomendada corretamente para uma atividade e não aconselhável para outras.

Proteção: nem sempre é evidente

Os níveis de proteção das luvas são resultados obtidos em testes laboratoriais, ou seja, não refletem a real condição da aplicação no local de trabalho. Esses níveis servem como indicativo do nível de proteção que a luva oferece, mas é necessário avaliação do tipo de exposição, exemplo:

  • chapas metálicas finas possuem alto nível de corte, como é de conhecimento geral, no entanto no processo de produção de papel o risco de corte é tão elevado quanto ao mencionado anteriormente; para estes dois casos é necessário avaliar como ocorre a exposição;
  • se o colaborador está ou não em contato com o risco, se há manipulação desses objetos, bem como, a massa, velocidade de movimentação, principais locais de contato destes e etc.

Os níveis de desempenho não significam que uma luva terá maior durabilidade; esse assunto não está em pauta. Os níveis de desempenho é um informativo de quão protegido estará o usuário.

Como vimos, e de acordo com as informações do coordenador de produtos da Delta Plus Brasil, luvas de proteção ideais para todas as atividades não existem. Cada caso precisa ser avaliado cuidadosamente pela equipe de segurança do trabalho, de modo que as mãos sejam protegidas dos riscos presentes nas atividades e, ao mesmo tempo, oferecendo o máximo de conforto durante a sua utilização.

Portanto, para a escolha do item ideal, é fundamental contar com um fornecedor experiente no segmento e com uma cartela diversificada de produtos. Então, entre em contato com a Delta Plus Brasil e conheça nossa linha de EPIs!

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