O trabalho em minas e garimpos envolve a convivência com diversos agentes ambientais de risco, incluindo soterramento, inalação de gases tóxicos e explosões acidentais. De acordo com uma nota do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgada em reportagem do portal G1, o segmento de mineração tem a mais alta taxa de mortalidade por acidentes na indústria brasileira.

Diante disso, as medidas de segurança do trabalho são ainda mais relevantes. É o caso do uso de EPIS para mineração, fundamentais para assegurar que o contato dos trabalhadores com agentes ambientais de risco seja minimizado. Além disso, é importante observar as orientações de segurança do trabalho em mineração.

No Brasil, a atividade em minas e garimpos é regulada pela NR 22, que estabelece a obrigatoriedade de implementação de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) pela empresa de lavra garimpeira. Além desse, veja 5 dos principais pontos abordados pela norma!

1. Condições de trabalho

Os locais de trabalho devem observar algumas orientações da NR 22, como a proibição de execução de atividades de forma individual, seja em mineração subterrânea, seja a céu aberto. Ainda, as minas e os garimpos precisam ter acessos com sinalização adequada e não pode haver detonação quando há baixas condições de luminosidade ou ocorrência de descargas elétricas atmosféricas.

2. Estocagem de explosivos

Os explosivos e demais produtos tóxicos ou inflamáveis devem ser estocados com as embalagens originais ou em recipientes apropriados e em locais adequados. Além disso, cada produto deve estar acompanhado de uma ficha de emergência com informações claras sobre riscos à saúde e medidas de primeiros socorros em caso de contato.

3. Estabilidade de maciços

Todos os maciços devem ter um levantamento topográfico em forma de mapas e plantas, sendo que, a cada 6 meses, um profissional habilitado deve revisá-lo. Na ocasião, é fundamental observar a verticalidade de torres de poços, monitorar movimentos dos estratos e verificar a presença de fatores que condicionem a instabilidade da obra, como falhas nas rochas.

4. Vias e saídas de emergência subterrâneas

Para garantir a segurança do trabalho em mineração subterrânea, devem existir, pelo menos, duas vias para saída de emergência. Essas saídas precisam ser separadas uma das outras, mas ter comunicação por caminhos secundários. A dinâmica das vias deve ser planejada de modo que, se houver bloqueio de uma delas por desabamentos, o trânsito pelas demais ainda seja possível.

5. Proteção contra incêndios e explosões acidentais

Nas minas de carvão, a alta concentração de gás metano — considerado como um “asfixiante simples”, conforme a NR 22 — exige medidas para evitar incêndios e explosões acidentais, como:

• medição regular das concentrações do gás no ambiente;
• procedimentos de evacuação e interdição do local de trabalho caso a concentração fique acima dos níveis aceitáveis;
• disponibilidade de equipamentos individuais de fuga rápida para o caso de explosões ou incêndios, entre outros.

Essas são algumas das orientações da NR 22 para segurança do trabalho em mineração. Para minimizar os riscos de incidentes e acidentes de trabalho nesse segmento, é essencial seguir à risca todas as normas e manter-se atualizado em relação a possíveis mudanças nas diretrizes.

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