O talabarte é um dispositivo conectado ao cinturão do tipo paraquedista que prende o trabalhador a um ponto de ancoragem para retenção de queda ou de posicionamento.

Neste post, vamos abordar as principais questões em torno do talabarte — quais são os principais tipos e suas particularidades, qual é a sua importância, como deve ser o uso adequado e, principalmente, como escolher o melhor dispositivo para a sua empresa. Acompanhe!

Quais são os principais tipos de talabarte?

Existem vários tipos de talabarte, mas três são os mais comuns — simples, duplo e de posicionamento. Todos eles contêm uma ou mais alças com ganchos nas extremidades, que são presos no cinturão de segurança do trabalhador e em um ponto de ancoragem.

Talabarte simples (I)

Esse modelo é mais leve do que os outros tipos de talabarte e proporciona conforto ao trabalhador, mas é mais indicado para atividades em que não há deslocamento. Ele contém uma única alça, portanto, permite apenas um ponto de ancoragem. Assim, é um pouco mais restrito, podendo apenas ser utilizado em atividades sem interferências no sistema de ancoragem.

Talabarte duplo (Y)

Por sua vez, o talabarte duplo contém duas alças, formando um Y. Ele funciona como o talabarte simples, mas permite a ancoragem dupla em pontos alternados. Com isso, o trabalhador consegue se deslocar com mais facilidade, tanto horizontalmente quanto verticalmente.

O modelo “Y” proporciona ao usuário uma maior segurança nas atividades de progressão vertical ou horizontal, por ser confeccionado com duas alças o usuário pode superar obstáculos e tem a possibilidade de estar todo o tempo exposto ao risco de queda conectado ao sistema de ancoragem.

Já o modelo “I” é restrito à algumas atividades, por ter apenas uma alça, poder ser utilizado apenas em atividades que não hajam interferências no sistema de ancoragem.

Talabarte de posicionamento

Já o dispositivo de posicionamento não protege contra quedas e, portanto, precisa ser usado com outro talabarte. Ele serve para que profissionais consigam se posicionar corretamente e tenham as mãos livres para a execução do trabalho. É muito utilizado por eletricistas e técnicos de telecomunicações.

O talabarte é igual ao trava queda?

A principal diferença para o trava queda é que esse último retém movimentos de forma imediata, inclusive interrompendo uma possível queda. Já o talabarte permite certo deslocamento, tanto durante a execução das atividades quanto em caso de queda, pois tem uma folga maior entre as extremidades.

Qual é a importância do talabarte?

O talabarte é um recurso indispensável no trabalho em altura, junto a EPIs, como o cinturão de segurança, pois é ele que garante a proteção contra acidentes de trabalho relacionados à queda ou ao posicionamento inadequado. Atividades subterrâneas ou, então, realizadas em andaimes, telhados e torres, por exemplo, têm esse risco associado.

Portanto, sua importância está em preservar a integridade física do trabalhador. Consequentemente, os empregadores evitam a perda de produtividade devido a afastamentos, além do pagamento de indenizações ou multas pela não observação das normas — o talabarte está descrito como um dispositivo de uso obrigatório junto ao cinturão de segurança no Anexo I da NR 6.

Como utilizar o talabarte corretamente?

O talabarte de retenção deve ser ancorado, sempre acima do ponto de conexão dorsal ou peitoral, desta forma a distância de queda livre será menor, proporcionando maior segurança e conforto ao trabalhador. No caso do dispositivo de posicionamento, a ancoragem deve ser feita de modo que o trabalhador tenha a posição mais confortável para executar sua atividade.

Além disso, o ponto em que o talabarte é ancorado deve ser escolhido com cautela — ele precisa resistir ao esforço solicitado em uma queda. Por fim, o trabalhador e a empresa precisam estar sempre atentos à qualidade das travas e sempre utilizar talabarte para retenção de quedas com absorvedor de energia e sem extensores, desta forma, garantindo a força de frenagem de 6 kN, exigida na NR-35.

Como escolher o talabarte?

Para a escolha ideal do talabarte, os técnicos devem analisar criteriosamente os riscos envolvidos, a zona livre de queda e os procedimentos da função de trabalho. No momento de adquirir o talabarte, é mais importante se preocupar com o custo-benefício do que com o preço. Um dispositivo de baixa qualidade pode comprometer seriamente a segurança do profissional, o que também é ameaçador para a empresa.

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